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Bolsa de portas abertas para startups

Importantes fatores na hora de escolher investimentos em Startups.

Três startups brasileiras recentemente concluíram suas jornadas rumo ao canal que permite acesso a recursos de investidores de varejo: a Bolsa de Valores. Estas empresas partiram para essa jornada depois de terem crescido com rodadas de aportes de investidores privados de venture capital (o investimento em empresas com alto potencial de crescimento). As empresas são:

  • Enjoei (plataforma de venda de produtos usados)
  • Mobly (varejista de móveis)
  • Méliuz (cash back) 

Elas alcançaram seus próprios códigos de negociação na B3. Com isso, agora estão à disposição dos milhões de investidores pessoas físicas cadastrados na bolsa e também de centenas de gestores de fundos de investimento.

A chegada em bloco dessas startups à bolsa é resultado de uma série de fatores. Em primeiro lugar, a redução da taxa básica de juros no Brasil a patamares historicamente baixos — em torno de 2% ao ano — obrigou os investidores a procurar alternativas ao antes garantido ganho da renda fixa (principalmente compra de títulos do Tesouro Nacional). Essa ampliação do olhar dos investidores, incluindo os de varejo, abriu espaço para os negócios das startups.

Diversificação é a estratégia do momento

Um segundo fator relevante é o aumento da busca por diversificação. Ou seja, arriscar-se mais passou a ser ainda mais essencial para garantir bons retornos, assim como é igualmente importante criar uma espécie de trava para esses riscos. Nesse sentido, diversificar os investimentos em termos de mercados, setores da economia e tamanhos de empresas é uma boa estratégia. Portanto, essa dinâmica tende a chamar a atenção dos investidores em direção às startups.

Além disso, para chegar à bolsa, uma startup precisa ter passado por uma detalhada adaptação às melhores práticas de governança corporativa. Esse processo envolve organização administrativa, criação de conselhos, estruturação de compliance, criação de área específica de relacionamento com investidores e preparação para comunicação eficiente e ágil das atividades mais relevantes. Adicionalmente, ao fazer uma Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês), uma empresa fica sob a fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador do mercado de capitais brasileiro.

Não menos importante: a chegada à bolsa representa uma via de “saída” para os investidores de venture capital que, ao longo da história da startup, fizeram aportes no negócio e tornaram-se sócios. No IPO, os investidores podem vender suas participações e embolsar os lucros, que, por sua vez, podem ser investidos em outras startups, num círculo virtuoso que ajuda no crescimento da economia.

 

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