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De ações a títulos do Tesouro americano e imóveis, é amplo o cardápio de investimentos no exterior

O investimento no exterior favorece o investidor brasileiro com uma enorme oferta de ativos.

Para além da diversificação geográfica de riscos, o investimento no exterior favorece o investidor brasileiro com uma enorme oferta de ativos — e negociados nos mais diversos mercados, da América do Norte à Ásia, passando pela Europa. Isso significa que o acesso não está facilitado apenas para as ações listadas em bolsa: o investidor também pode se beneficiar de estratégias que envolvem — de maneira isolada ou combinada — ações, moedas e ativos de renda fixa, como títulos do Tesouro americano.

Normalmente, essas estratégias estão mais disponíveis ao investidor de varejo por meio de fundos de investimento, até por exigirem acompanhamento próximo e muita expertise.

Renda fixa envolve juros internacionais

De maneira geral, os gestores desses fundos estabelecem as diretrizes para a carteira — informações que devem estar no regulamento de cada fundo — e passam a comprar ativos nos mercados em que têm maior interesse conforme o objetivo da carteira. Há, por exemplo, os fundos de renda fixa no exterior, que tentam captar bons retornos operando com as diferenças de taxas de juros de vários países.

Essa pode ser uma estratégia central do fundo ou pode fazer uma composição com, por exemplo, a compra de moedas. Nesses casos, os gestores precisam acompanhar os indicadores econômicos dos países nos quais investem, já que a macroeconomia é fundamental para a curva de juros. Não por acaso, têm crescido no Brasil os fundos de investimento no exterior do tipo quantitativo. Nessa modalidade, é um algoritmo (alimentado pela equipe de gestão) que rastreia, em tempo real, milhares de indicadores econômicos mundo afora para encontrar as melhores posições para o portfólio.

Acesso às novas tecnologias

Nos mercados de renda variável, as opções para os fundos são ainda mais amplas e destaca-se a possibilidade de o investidor brasileiro acessar companhias de tecnologia de ponta já bem estabelecidas — como exemplo, as big techs Amazon, Apple, Google e Facebook — e também startups ou empresas de menor porte promissoras.

Nesse grupo pode-se citar a Moderna, laboratório fundado em 2010 que desenvolveu uma das vacinas anticovid que já estão sendo aplicadas mundo afora. No exterior há na bolsa muitas outras opções de ações de healthtechs com boas perspectivas. Um outro segmento não disponível na bolsa no Brasil mas que tem enorme potencial de crescimento consistente é o de games, uma indústria que em tamanho já supera as tradicionais indústrias do cinema e da música. Companhias asiáticas são o destaque nessa área.

Opção para o mercado imobiliário

Uma terceira via importante de investimentos no exterior é representada pelo mercado imobiliário. Só para ficar em um exemplo, hoje o brasileiro pode investir no mercado imobiliário americano, via bolsa, nos chamados Reits (sigla para real estate investment trusts). Em termos didáticos, os Reits se assemelham, considerando sua regulação, aos fundos imobiliários brasileiros. Comprando esses papéis (diretamente ou via fundos), o investidor local tem acesso a fatias de empreendimentos imobiliários fora do País, que são desenhados numa dinâmica bem diferente da que acontece no mercado brasileiro. No segmento imobiliário também há a possibilidade de aquisição direta de propriedades no exterior, mas ela ainda está limitada a investidores qualificados.

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