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Bolsa e juros em alta, uma contradição do Brasil

Neste início de ano no Brasil, temos uma realidade pouco comum na teoria. Voltamos a juros básicos em dois dígitos e o Ibovespa acumula valorização no ano. Em parte, as commodities em patamares elevados compatibilizam as duas coisas, já que algumas das principais empresas brasileiras são de commodities e preços como os dos derivados de petróleo influem fortemente na inflação bem acima da meta. Também convivem bem com esse quadro indicações de crescimento econômico como o IBC-Br de dezembro, pelo qual o Brasil teve um crescimento econômico de 4,5% em 2021, divulgado na sexta-feira, 11/02.

O Banco Central já informou também, em relação aos juros, que deve continuar subindo a Selic, embora em doses menores, nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Disse também que o cenário de referência analisado em sua última reunião, feito com base nas expectativas coletadas pela pesquisa Focus, “supõe trajetória de juros que se eleva para 12% no primeiro semestre de 2022, termina o ano em 11,75% e reduz-se para 8,00% a.a. em 2023.”

Pelo lado da bolsa, o Ibovespa veio do patamar de 104 mil pontos no fim de 2021 e bateu 115 mil pontos na quarta-feira, 16/2, com algumas oscilações no percurso. É de se observar que já esteve bem mais alto. Em junho do ano passado, o índice esteve em seu recorde de 130.776,27 pontos, e na terça-feira, 16/02, fechou em 115.180,95 pontos. De acordo com o Estadão, o fraco desempenho das ações brasileiras em relação as de outros países no ano passado fez com que investir no Brasil tenha ficado relativamente barato e em janeiro o país teve o maior ingresso de investimentos para compra de ações em 12 meses.

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