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Ibovespa inicia março com alta

Alta das commodities é fator positivo para a bolsa brasileira e XP diz que aumento dos juros dos EUA “não é necessariamente negativo para o Brasil”.

O Ibovespa iniciou março subindo aos 115 mil pontos na Quarta-feira de Cinzas, 2/3, e terminou fevereiro com alta acumulada de 0,89% no mês e 7,94% no ano em reais e 17,20% em dólar. O que esperar daqui para frente? É preciso considerar alguns fatores.

A invasão russa na Ucrânia deixou o cenário confuso e é normal que haja oscilações, conforme as negociações avancem ou não. Por um lado, há uma tendência à maior aversão ao risco, o que pode afastar investimentos na bolsa brasileira. Por outro lado, commodities como o petróleo e o minério de ferro subiram com as notícias sobre o conflito e analistas apostam também em alta de alimentos.

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de commodities do mundo, conta com grandes empresas do setor, e apenas Vale e Petrobras já somam um pouco mais de 25% de peso no Ibovespa. É de se observar que a bolsa brasileira ainda está longe dos 119 mil pontos com que fechou 2020 e mais longe ainda dos 130 mil pontos em que chegou em junho do ano passado.

O que vai prevalecer? As opiniões se dividem conforme o peso que se dá ao fator aversão a risco com fuga para títulos americanos ou ao fator alta de commodities. Na quarta-feira 2/3, o mercado claramente deu mais peso ao segundo fator.

A XP, em relatório divulgado na manhã da Quarta-feira de Cinzas, disse que até mesmo o ciclo de altas nas taxas de juros dos Estados Unidos que deve começar ainda em março “não é necessariamente negativo para o Brasil”. Argumentou que fez um estudo sobre o desempenho das ações brasileiras em relação às globais desde 1988 que mostra que, em média, as do Brasil superaram as globais em 31,1% em ciclos passados de altas de juros decididos pelo FED. O preço-alvo da XP para o Ibovespa no fim do ano é 123.000 pontos.

Vale lembrar que, também na quarta-feira 2/3, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que as implicações dos conflitos na Ucrânia para a maior e mais influente economia do mundo são “altamente incertas”.

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