Com forte peso de commodities, o Ibovespa bateu nesta semana seguidos recordes de alta para 2022 – na segunda-feira, 21/3, na terça-feira, 22/3, e na quarta-feira, 23/3, quando fechou em 117.457,34 pontos. Esses recordes acontecem em um contexto de alta de produtos cotados no mercado mundial, as commodities, como petróleo, diante do conflito entre importantes produtores desse tipo de produto, Rússia e Ucrânia, que nesta quinta-feira completa um mês. O petróleo Brent ultrapassou US$ 121 por barril. O Ibovespa, no entanto, ainda está longe do recorde de 130.776,27 de 7 de junho de 2021.
O dólar cruzou a barreira dos R$ 5,00 na segunda-feira, 21/3, pela primeira vez desde junho de 2021 e acentuou a queda na terça-feira, 22/3, e na quarta-feira, 23/3, quando a média aritmética das taxas de compra e venda do dia (PTAX) fecharam em R$ 4,8698 para compra e R$ 4,8704 para venda. Estas cotações são as menores há dois anos, mais exatamente, desde 13/03/2020, quando o dólar estava em R$ 4,7355 para compra e R$ 4,7362 para venda.
Nas últimas duas divulgações da pesquisa Focus , feita pelo Banco Central com instituições do mercado, o ponto médio das projeções para o dólar no fim do ano está em R$ 5,30. Ou seja, com alta em relação a hoje, mas bem abaixo dos R$ 5,70 do fim de 2021.
A queda do dólar atual é compatível com uma conjuntura atraente para investimentos estrangeiros no Brasil, não só em renda variável, mas também em renda fixa. A taxa de juros básica, a Selic, está em 11,75% e o Comitê de Política Monetária (Copom) prevê pelo menos mais uma nova alta de 1 ponto percentual, para 12,75%, na sua próxima reunião, em maio, em sua ata da reunião da semana passada .