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Setor de energia anunciou R$ 24,9 bi em investimentos nos últimos 15 dias

O setor de energia e petróleo, incluindo petroquímica, responde por quase metade dos investimentos anunciados no período no Brasil. Ações da Petrobras, uma das empresas de destaque no setor, sobem com indicação de Adriano Pires para presidente, que não deve mudar política de preços da companhia.

Pelo menos R$ 24,9 bilhões em investimentos foram anunciados nas últimas duas semanas por empresas dos setores de energia, petróleo e petroquímica. O setor se destaca na compilação feita pelo Bradesco de R$ 52 bilhões em investimentos anunciados por empresas e governos no período, informada em relatório desta terça-feira, 29 de março.

O maior anúncio na última quinzena foi feito pela Energisa, de R$ 14 bilhões até 2026, e o segundo maior é da Braskem, com R$ 5 bilhões, apenas neste ano no Brasil, além de mais R$ 500 milhões no exterior. A Petrobras vem em terceiro, diretamente, com mais de 10% desses investimentos, mas também participa como acionista da Braskem.

O mercado recebeu bem a notícia da indicação pelo governo do economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, para presidir a Petrobras em substituição ao general Silva e Luna. O general, que sucedeu a Roberto Castello Branco no cargo diante da vontade do presidente Jair Bolsonaro de mudar a política de preços da estatal, que segue os dos importados. Silva e Luna se convenceu de que essa mudança não é possível sem causar desabastecimento de combustíveis no país.  Pires também não deve mudar a política de paridade de preços com os competidores de mercado que importam combustíveis, prevista no Estatuto da companhia.

Pires é favorável a que o governo dê subsídios para amenizar a alta de preços de combustíveis, como já disse em várias entrevistas, inclusive em uma rádio Jovem Pan, em 10/3. Nela defendeu subsídios de três a seis meses com o uso de recursos do governo gerados pelos dividendos da Petrobras e royalties pagos pelas petrolíferas no país para fazer frente à atual alta gerada por fato extraordinário, que é a guerra na Ucrânia.

O subsídio encontra base legal na Lei das Estatais, 13.303, de 2016, no parágrafo 2º do artigo 8º, e também é previsto no Estatuto da Petrobras. No entanto, o Ministério da Economia é contra a concessão de subsídios já que isso afeta as despesas públicas.

Confira a seguir os anúncios de investimento do setor no País nas últimas duas semanas:

  • A Energisa anunciou investimentos de R$ 14 bilhões em geração distribuída, comercialização e serviços de valor agregado até 2026.
  • A Braskem, que tem a Petrobras entre seus maiores acionistas, disse que investirá R$ 5,02 bilhões no país neste ano.
  • A Petrobras pretende investir US$ 2,8 bilhões em plano de redução das emissões de carbono até 2026.
  • A Noxis Energy anunciou que irá investir R$ 1 bilhão para a construção de uma refinaria de petróleo em Pecém (CE).
  • A Supergasbrás disse que vai investir R$ 920 milhões em terminal de gás no Pecém (CE).
  • A Enel Distribuição Goiás, por sua vez, afirmou que investirá R$ 663 milhões em melhorias na rede elétrica e conexões na zona rural do estado.

A GreenYellow, empresa de soluções para transição energética, disse que investirá R$ 500 milhões em mobilidade elétrica neste ano.

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