Galpões

Expansão de condomínios logísticos no Brasil desacelera

A entrega de novas áreas de condomínios logísticos no Brasil desacelerou de 1,1 milhão de metros quadrados (m2) no último trimestre de 2021 para 175 mil metros quadrados no primeiro trimestre deste ano. Os dados são da plataforma de inteligência imobiliária SiiLA (das iniciais de Sistema de Informação Imobiliária Latino-Americana) e significam que o crescimento nesse mercado continua, mas em velocidade menor que no fim do ano passado.

Parte dessa desaceleração se deve à sazonalidade, com a contribuição do Natal e o Dia das Crianças turbinando vendas, enquanto no outro período o consumidor arca com mais despesas, como impostos. O último trimestre de 2021 foi responsável por metade das entregas do ano passado, que foram de 2,2 milhões de m2. Esse total do ano, por sua vez, já foi mais que os de 2019 e 2020 somados.

Mas a sazonalidade não explica tudo. Houve também uma redução das intenções de investimento nesse tipo de construção em relação ao fim do ano passado, quando as expectativas eram mais otimistas. Assim, com base em informações das empresas colhidas no fim do primeiro trimestre deste ano, a SiiLA reduziu sua projeção de construção e ampliação de condomínios logísticos no Brasil em 2022, de cerca de 3,7 milhões para 3,2 milhões de metros quadrados (m2), nível ainda recorde.

Mesmo com o corte de aproximadamente 13% na projeção, se ela for confirmada, a expansão de área neste tipo de empreendimento será bem maior que o atual recorde anual para galpões logísticos desse tipo, que é de 2,6 milhões de m2 em 2013. Além disso, é 1 milhão de m2 a mais que o total de 2021.

O CEO da Siila, Giancarlo Nicastro, já havia adiantado ao blog no início de abril que a empresa estava revisando para baixo a projeção de novas áreas em condomínios logísticos no Brasil em 2022. Os condomínios logísticos, galpões compartilhados por várias empresas e usados como ponto de parada de mercadorias prontas para a distribuição, são afetados negativamente, entre outros fatores, pelo aumento da inflação, que reduz o poder de compra da população, e pela alta dos juros, que dificulta financiamentos, e, assim, a compra por quem precisa de crédito.

Por Adriana Chiarini

 

 

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